domingo, 6 de maio de 2012

Poesia para libertar-me


Eu não preparo meu verso com zelo
Deixo-o gritar em desespero
Na ânsia de minha alma.

Falta doçura nesse canto
Ouvir a cantiga da vida
No momento que o acalanto.

Falta um calar carinhoso
Um colo previsto
Um sossego de sonhos.

Falta banhá-lo em água corrente
Pôr, a secar em varal ao vento
Abraçar-me a ele com carinho.

Usá-lo como a seda mais cara
-Na transparência necessária-
Vesti-lo como se fosse uma pétala
E...

Ouvir de minha alma
Que nunca emudece,
Perdoe-me!
Não sei fazer versos leves assim.

8 comentários:

  1. Que lindo, que espontâneo, que doce, Fátima!

    Adorei.

    Um beijo

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  2. "Eu não preparo meu verso com zelo". Nem precisas:)!
    Respiras poesia!
    Bjo

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  3. leves, intensos e inolvidáveis..
    beijos minha querida..
    um lindo Domingo.

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  4. Mas teus versos são lindos, Fátima.
    Um abraço. Tenhas uma linda semana.

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  5. Ora, há que ser leve, ternura, ora, há que ser aspereza... mas o preparo do terreno é vital, para os versos, para os corpos, para tudo o que for.

    Gosto do que escreve.

    Suzana Guimarães - Lily

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  6. Muito lindo!!
    Eles correm no vento, como não seriam leves?

    Beijos e boa semana Fátima!!

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  7. Molto bella questa poesia! buona serata....ciao

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  8. Belo texto, gosto de tudo que leio por aqui!

    Saudaçoes

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