O meu corpo está escrito na mulher que sou
O depois, já chegou.
Veio na solitude que um dia
Já me apresentava.
No silencio e embriaguez dos passos;
Nem sempre escolhidos a dedos.
Nem sempre preenchendo espaços.
Estendidas ao longo de mim
ficaram as mãos, em silenciosa procura
A ler meu corpo vestido
Na cumplicidade com o tempo
(Em seu silêncio ruidoso)
A escrever meu corpo despido,
Tempo dos sentimentos estendidos.
No meu corpo a nudez está escrita
Como um tecido que desnuda nas linhas,
sua forma transparente.
A amanhecer o tempo de ser, simplesmente.
Ser, sem o medo dos voos debaixo da noite.