Rasguei paredes desses muros,
Refúgio de dores escuras.
Permiti à cor, entrada,
Que nesse lugar fizesse morada.
Queimei os sentimentos únicos
Em tórrida fogueira.
Joguei ao vento às cinzas.
Chamei a pluralidade dos mesmos.
A luz acendeu brilhos
Que achava não mais serem meus.
Modifiquei minhas cores.
Dei mais tempero aos sabores.
De bom grado um adeus.
De todas as vivências sempre serei.
Mas optei não ser mais delas.
Troquei as amarras do sou,
Passageiramente estarei nelas.
Sem muro, um novo instante
Novo vislumbre do que em mim preciso.
Na precisão desse jardim além do muro.
Um pedaço em mim, de paraíso.

"Eu não escrevo poesia, não escrevo poema. Eu só desnudo minha alma." Fátima Amaral
terça-feira, 28 de setembro de 2010
quarta-feira, 22 de setembro de 2010
Louca
Ela estava especialmente linda
Naquela tarde.
Olhos vidrados,
Meio sorriso fixado,
Cabelos desacordados.
Coração acelerado,
Sôfrega respiração,
Efêmeros sentidos,
Sentimentos sádicos.
Com um ar sutilmente insano.
Baton vermelho à boca,
Salto quinze,
Lindamente louca.
Tensa, tesa
Querendo...
Febril surpresa
De suas presas.
Naquela tarde.
Olhos vidrados,
Meio sorriso fixado,
Cabelos desacordados.
Coração acelerado,
Sôfrega respiração,
Efêmeros sentidos,
Sentimentos sádicos.
Com um ar sutilmente insano.
Baton vermelho à boca,
Salto quinze,
Lindamente louca.
Tensa, tesa
Querendo...
Febril surpresa
De suas presas.
sexta-feira, 17 de setembro de 2010
Os lobos crescem
No jardim secreto
Havia uma criança encolhida
Querendo colo
Ser acolhida
Querendo crescer
Sem mais ser tolida...
Cansei do meu silencio
Grito o meu silencio
Cansei de viver suspenso
É hora de dizer o que penso
Quero todos os detalhes do espelho
Todas as linhas
Todas as curvas
Só agora nas curvas tortas
Vejo as linhas retas
Os caminhos mais certos
Cansei do meu mistério
De todos os meus segredos
De todos os medos
Cansei do veneno
Correndo em minhas veias
Cansei do mundo paralelo
Cansei da hipocrisia
(de todos e das minhas)
Cansei dos banhos mornos
Quero água fria
Cansei da morte
Em mim todos os dias
Na vida que me resta
Quero pulsar vida
Enfim...
Cansei da criança do jardim.
Havia uma criança encolhida
Querendo colo
Ser acolhida
Querendo crescer
Sem mais ser tolida...
Cansei do meu silencio
Grito o meu silencio
Cansei de viver suspenso
É hora de dizer o que penso
Quero todos os detalhes do espelho
Todas as linhas
Todas as curvas
Só agora nas curvas tortas
Vejo as linhas retas
Os caminhos mais certos
Cansei do meu mistério
De todos os meus segredos
De todos os medos
Cansei do veneno
Correndo em minhas veias
Cansei do mundo paralelo
Cansei da hipocrisia
(de todos e das minhas)
Cansei dos banhos mornos
Quero água fria
Cansei da morte
Em mim todos os dias
Na vida que me resta
Quero pulsar vida
Enfim...
Cansei da criança do jardim.
sexta-feira, 10 de setembro de 2010
Pintura de lágrimas
As lágrima tem cores,
Toda sorte de cores.
Todas as cores das contas,
Das contas do tempo.
Colorindo o peito
Ora quente, ora frio.
Nas cores da alegria
As cores das mágoas.
São assim essas lagrimas,
Elas determinam o quadro
Que por hora é pintado
Na face, na cara.
São cores fáceis.
Não há lágrima rara,
Não há lágrima que
Já não tenha sido usada.
As obras, essas sim podem ser raras,
Sendo a cor às vezes tão forte
Que vinca, marca, cicatriza,
Fazendo dela pintura cara.
Toda sorte de cores.
Todas as cores das contas,
Das contas do tempo.
Colorindo o peito
Ora quente, ora frio.
Nas cores da alegria
As cores das mágoas.
São assim essas lagrimas,
Elas determinam o quadro
Que por hora é pintado
Na face, na cara.
São cores fáceis.
Não há lágrima rara,
Não há lágrima que
Já não tenha sido usada.
As obras, essas sim podem ser raras,
Sendo a cor às vezes tão forte
Que vinca, marca, cicatriza,
Fazendo dela pintura cara.
quinta-feira, 2 de setembro de 2010
A palavra
Eu sei que há uma palavra que esta em mim
E dela nascerão mil outras palavras.
Eu sei que ela habita em mim, pois, eu habito nela.
Ela está logo ali na janela...pra cá...além dela.
Enquanto isso vou rabiscando algumas delas,
Ela será de todos quando mil outras forem
Até lá habitaremos em nós, a sós.
É só o tempo do sentimento.
Da volta...na volta.
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