Já que brinco com o inusitado,
E assim se chama um dos lados meus
Assim clama todo meu corpo,
quando de mim as palavras querem sair
e andar por terrenos seus...
O deus que agora tenho me olha com gratidão,
O tempo que agora me anda, descansa meus pés ao chão.
Chão que finalmente piso, aliso, deslizo, porque o
importante e ir, às vezes vir e noutras ficar
Já que sou o subverso do meu inverso
Então verso, verso me, verso você.
Brinco de ser crente,
brinco até de ser carente.
E mais sério brinco ainda, de correntes.
Me prendendo e me soltando em linhas...
S o l t i n h a s
Bem que sinhá falou
que de mim, algo vinha
E veio essa brincadeira de palavras, amarelinha.
Amar é linha.
Linha que choro e sorrio, grito e alivio.
Vida bem vivida,
essa vida minha.
E ao final dessa linha, quando tudo parecer que foi dia
desses,
E ver brancos meus fios, vou ainda escrever em rios, em riscos e rio, sou água, sorrio.