Dava para ver os cacos
Voarem para todos os cantos,
Deixando feridas marcadas.
Dava para ouvir o barulho
Da mágoa escorrendo,
Entre os cacos pela escada.
Dava para sentir o gosto
Amargo das palavras decretadas,
Envenenando os sentidos.
Dava para tocar o tempo,
Dizendo que havia acabado,
Que o que foi quebrado,
Já não podia ser juntado.
11 comentários:
Talvez precisemos do fim, para enfim encontrar o recomeço.
Bela poesia, triste mas sempre bela.
Beijos
Adorei Fátima...linda poesia.
Bjs da Mila
Nossa que profundo...
Belíssima poesia.
Bjos
Um texto repleto de intensidade ! Parabéns, poeta ! Beijos.
E acabou, a sério - acabou!
Tudo caíu de mãos descuidadas e se
partiu em cacos depedaçados.
Não é possível juntar a areia e o pó da areia, depois de tudo destroçado.
Nunca se sabe - mas talvez fosse bom, ou menos bom, o acabar, mas só tu,
podes saber e falar das tuas realidades.
Agradeço te encontrar, no meu recanto de poesia.
Mª. Luísa
e o amor não é assim
quando vem destruindo tudo
quebrando tudo
acabando tudo
não conseguimos conter
Dá para reconhecer toda verdade dos sentimentos ao ler suas palavras.
Beijos.
Dava pra sentir a dor, o peso...
Cada essência tão materializada, desses malditos sentimentos que acompanham ao fim e à saudade!
Que lindo poema Fátima!
Linda poesia! Os desencontros e o fim nos trazem marcas e sufocos de lágrimas.
Bjs!
Essa dor que nos refere e nos traz recordações tb dolorosas se arrefece com o tempo, aí então, com o passar do tempo, as saudades provocará as boas lembranças vividas. Bjos.
refere, digo: fere
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