Abro uma gaveta.
De repente papel e caneta.
Acentos, vírgulas, pontos.
Palavras e mais palavras
De mim tomam conta.
Assustada, lhes digo - confesso!
E logo vão dizendo, nos libertem.
Perguntam, cadê os versos?
As reticências mostram mais exigências...
Não esqueça os sentimentos,
Todos eles...
Ah! E uma dose de insanidade...
Pra mostrar a verdade.
Uma a uma as rimas vão sendo formadas...
Dizendo, nos una, mas não nos prenda.
E insistem, não esqueça, somos poema
E antes de finalizar, o alerta...
Pode nos usar ao teu belo gosto,
Só nos deixe liberta.
E assim, mais calmas me dizem...
A caminhada é longa
E às vezes incerta,
Mas não pense, apenas sinta...
Não esqueça, és poeta!