"Eu não escrevo poesia, não escrevo poema. Eu só desnudo minha alma." Fátima Amaral

domingo, 6 de maio de 2012

Poesia para libertar-me


Eu não preparo meu verso com zelo
Deixo-o gritar em desespero
Na ânsia de minha alma.

Falta doçura nesse canto
Ouvir a cantiga da vida
No momento que o acalanto.

Falta um calar carinhoso
Um colo previsto
Um sossego de sonhos.

Falta banhá-lo em água corrente
Pôr, a secar em varal ao vento
Abraçar-me a ele com carinho.

Usá-lo como a seda mais cara
-Na transparência necessária-
Vesti-lo como se fosse uma pétala
E...

Ouvir de minha alma
Que nunca emudece,
Perdoe-me!
Não sei fazer versos leves assim.

8 comentários:

Michele Pupo disse...

Que lindo, que espontâneo, que doce, Fátima!

Adorei.

Um beijo

Álvaro Lins disse...

"Eu não preparo meu verso com zelo". Nem precisas:)!
Respiras poesia!
Bjo

Ingrid disse...

leves, intensos e inolvidáveis..
beijos minha querida..
um lindo Domingo.

Dilmar Gomes disse...

Mas teus versos são lindos, Fátima.
Um abraço. Tenhas uma linda semana.

Suzana Guimarães disse...

Ora, há que ser leve, ternura, ora, há que ser aspereza... mas o preparo do terreno é vital, para os versos, para os corpos, para tudo o que for.

Gosto do que escreve.

Suzana Guimarães - Lily

Carla Fernanda disse...

Muito lindo!!
Eles correm no vento, como não seriam leves?

Beijos e boa semana Fátima!!

Giancarlo disse...

Molto bella questa poesia! buona serata....ciao

Escritora de Artes disse...

Belo texto, gosto de tudo que leio por aqui!

Saudaçoes