"Eu não escrevo poesia, não escrevo poema. Eu só desnudo minha alma." Fátima Amaral

quinta-feira, 10 de maio de 2012

Porque sou despedida


Sou resto de espelhos
Colado com lágrimas
Vê- se em mim
Versões disformes
Multifacetadas.

Sou o inferno vivido
Na carne que um dia foi envenenada.
Erva daninha mal matada.

Sou água de cachoeira
Algo que se contempla
Mas não se adentra
O limo pode quebrar-te.

Sou esse aparato de discórdias
De causar medos
Por tanto segredos.

Aviso-te para boa sorte
Atravesse a rua
Siga outro rumo ao ver-me
Aconselho-te, procure outro norte.

7 comentários:

eder ribeiro disse...

Os mistérios que uma mulher carrega não danifica a bússula de um homem, por isso, por maior que seja o perigo, ele segue o norte. Um bom dia admirável poetisa. Bjos.

Unknown disse...

Você não é fácil de entender.
Alias ninguém é.

Somos um amontoado de cacos de vidros. Que refletem pequenas faces do nosso interior.

Abraços.
TE ESPERO NO MEU INFINITO PARTICULAR.

Jean Maia disse...

daria uma ótima musica. parabéns pelas lindas palavras

Miksileide P disse...

"Quanto mais nos afastamos de nós, mais encontramos quem queria nos achar extamante como somos: ..."
Sopros misteriosos ...

Anônimo disse...

Fátima,
gosto dos teus poemas, vejo neles, um claro retrato da vida.
Saudações e um bom resto de semana.

Giancarlo disse...

Una bella poesia! Buona serata e felice fine settimana....ciao

Anderson Lopes disse...

Fátima, gostei muito de toda a intensidade das tuas palavras. Belíssiomo blog