"Eu não escrevo poesia, não escrevo poema. Eu só desnudo minha alma." Fátima Amaral

segunda-feira, 16 de abril de 2012

Opostos

Angústia de cio
Gotas de suor frio
No calor da pele
Que aos poucos
Adere
Repele
Contraposto
A impaciência do querer
Soltar
Prender
Sem saber
Indisposto
Gosto
Choque térmico
De calafrios
Ao quente do peito
Vivemos
Desse jeito
Provas do meu veneno
Em teu oposto
De teu doce
Em meu gosto
De sorrisos e choros
Dis(postos)
Somente assim há gosto
Só assim há efeito
De opostos somos feitos.

7 comentários:

eder ribeiro disse...

Como sempre, Fátima, vc passeia pela poesia teansfigurando em palavras todos os sentimentos. Bjos.

Teresa Brum disse...

Uau!
Que lindo!
Você tem o poder de juntar letras e deixar fluir poemas lindos...beijinhos no coração e linda semana

Lufe disse...

O delicioso contraponto dos opostos.

Muito bom o jogo de palavras, toque de mestra.

bjo procê

Miksileide P disse...

Oposição faz do que não gostamos ter gosto próprio. A guerra fica inevitável, queremos não querer e quanto mais queremos esquecer mais lembramos de querer, já nem escrevo com sobriedade, as palavras não são minhas. Oposto ao que quero escolho sempre ficar e ver o que não gosto, tocar oq ue repudio...

Sopros (dis)postos a entrar no jogo oposto...
Bjs flor!

Lilá(s) disse...

Que lindo! parabéns pela facilidade de escrever poesia.
Bjs

Anônimo disse...

"Todas as coisas tem o seu mistério e a poesia é o mistério de todas as coisas". - Garcia Lorca.

Linda, forte e verdadeira.
Beijokas e saudades.

luiz gonzaga disse...

poesia não se aprende,ela desabrocha dos sonhos ,dos sentimentos ,das frustrações de amores perdidos ,das flores,do mar,dos céus,do divino.poesia nasce dos teus dedos regadas pelo dom de amar.parabens.