"Eu não escrevo poesia, não escrevo poema. Eu só desnudo minha alma." Fátima Amaral

sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Tecido

Em varal estirado, de arame farpado.
Rasgado aos poucos, retalhos.
Dividido em espaços.

Aos quatro cantos pousam os trapos
Tecido de algodão...
Embaraço,
Tentando juntar pedaços.
                                 
Pedaços de linho
Desfeitos, fiapos
Fragmentos pelo caminho

A vontade de pano,
Novamente ser.
Desfazer nós.
Novamente tecer.

Em máquina que pulsa, fiar.
Montar a trama, refazer a teia.
Prover fios para aquecer.
Tecido apenas ser.

23 comentários:

eder ribeiro disse...

Seu poema é recheado de rimas ricas. Refazer refazendo para ser, mesmo sendo o mesmo. Bjos.

Carla Fernanda disse...

Somos tecidas de amor... e por espinhos de dor...
Obrigada pela visita!
Bem vinda!
Belo poema!
Beijos,
Carla

Dilmar Gomes disse...

Fatima, bonito e bem trabalhado o teu poema.
Um abração. Tenhas um lindo fim de semana.

Luna Sanchez disse...

Juntando os pedaços, costurando, tentando esconder as emendas, as cicatrizes...

Gosto muito, muito da tua escrita, Fátima, parabéns!

Beijos.

Lufe disse...

Oi Fatima,

A Luna fez meu comentario....rsrsrs

Eu acescento que as vezes a gente consegue um cerzido invisivel e por outras fica um terrivel remendo.
E a vida segue assim.......

bjoca procê

Maria Luisa Adães disse...

Fátima

Eu estou doente, razão da minha ausência.

Não posso escrever e mais coisas...
Te escrevo para saberes que o problema é complexo e não depende de mim.

Um beijo e obrigada por perguntares.
Até parece em vão... que aqui escrevo há um ano...
És a segunda pessoa a tentar, saber de mim.

Obrigada,

Mª. luísa

. intemporal . disse...

.

.

. sempre bel.íssima . a poesia que assim des.fia os dias . ainda que findos . tantas vezes à nascença .

.

. um beijo sempre amigo . fátima .

.

.

Penélope disse...

E com todos esses tecidos vamos construindo a trama da VIDA...
Sempre tecidos no TECIDO do AMOR.
Lindo poema.
Abraços

Lilá(s) disse...

Lindo poema! é assim que por vezes se apresenta a vida, como um tecido que se constroi.
Bjs

Valéria lima disse...

Coisas de pele e afins.

BeijooO*

Mery disse...

A trama da vida, o tecido do amor que se constrói...enfim ,poesia simples e linda. Quanto aos remendos que às vezes ficam, faz parte, né.
Estou seguindo teu blog, também quero participar e compartilhar contigo as minhas emoções...beijo, Mery&*

Jean Maia disse...

adoro o jeito de parafrasear ou apenas falar nas pequenas coisas da vida.

Zélia Guardiano disse...

Lindo, Fatima, o teu poema tecido com a alma...
Adorei, querida!
Bjs

Mari disse...

Oi fátima,
Gostei demais do seu poema.
Consegui visualizar minha avó no quintal de sua casa, recolhendo as roupas no varal.
Bjo e ótima semana!

Djalma CMF disse...

Muito interessante a forma como delineou a sua poesia. Nos transmitiu de forma bem harmônica e leve a mensagem desejada. Parabéns, bjos.

Elzinha Coelho disse...

Retribuindo a visita e o carinho e me surpreendendo com teu talento. Lindo poema, bela linguagem. Estarei sempre por aqui.
Beijos e boa semana.

Shirley Brunelli disse...

Lá vamos nós pela vida, juntando sentimentos, trapos, pedaços...Um beijo, Fátima!

Ale disse...

As vezes me pego a pensar na textura e cores dos fios que compõem minha vida,


Lindo isso!

Ingrid disse...

deixo-te muitos beijos querida..
o tempo é inquieto..

Jonh Lemmon disse...

És uma verdadeira POETISA! Vou começar a seguir diariamente o teu Blogue e vou partilhar ele no meu blogue. Felicidades e boa escrita. Um abraço!

Eraldo Paulino disse...

Pedaços que compõem um todo. Fragmentos que hora se desfragmentam.

Adoro textos que abordam o assunto e você o fez de forma brilhante.

Bjs!

chris disse...

Olá meu da França! Depois de ter visitado o seu blog, eu poderia ir e sem comentários. Quero parabenizá-lo em seu blog!
Talvez eu teria a oportunidade de recebê-lo em meu também!
Tenha um bom dia
cordialmente
Chris
http://sweetmelody87.blogspot.com/

EXPEDITO GONÇALVES DIAS disse...

Fátima, desses tecidos cozidos com ciência ou mesmo ao léu fazemos a colcha de retalhos que chamamos vida...
Grande Abraço!